sábado, 15 de janeiro de 2011

Por que trabalhar COM/PELAS crianças?


A Palavra do Senhor traz respostas para a pergunta acima. Respostas essas que nos mostram a seguinte verdade: negligenciarmos, como igreja, o papel que o Senhor nos deu com relação às crianças é pecado e desobediência. Vejamos os “porquês” disso:

1) Jesus ordenou-nos o papel que temos com relação às crianças: “Deixai vir a mim as crianças, e não as impeçais, porque de tais é o reino de Deus.” (Mc 10.14). “E qualquer que receber em meu nome uma criança tal como esta, a mim me recebe. Mas qualquer que fizer tropeçar um destes pequeninos que crêem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma pedra de moinho, e se submergisse na profundeza do mar.” (Mt 18.5,6).
2) As crianças são do Senhor, cabendo a nós, como igreja, fazermos a entrega delas a Ele. “Por isso eu também o entreguei ao Senhor; por todos os dias que viver, ao Senhor está entregue.” (1Sm 1.28). Por meio do ensino bíblico e da apresentação da Verdade é que entregamos os nossos meninos e meninas na presença do Senhor.
3) Temos grande responsabilidade por aquilo que nossas crianças serão no futuro: “E o menino Samuel ia crescendo em estatura e em graça diante do Senhor, como também diante dos homens.” (1Sm 2.26). “E crescia Jesus em sabedoria, em estatura e em graça diante de Deus e dos homens.” (Lc 2.52). “Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido, e que desde a infância sabes as sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus.” (2Tm 3.14,15). Por meio do ensino bíblico encaminhamos para o bem as nossas crianças.
4) Apesar da simplicidade e ingenuidade, as crianças sempre nos ensinarão algo. Como nos mostram as palavras do Mestre: “E disse: Em verdade vos digo que se não vos converterdes e não vos fizerdes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus. Portanto, quem se tornar humilde como esta criança, esse é o maior no reino dos céus.” (Mt 18.3,4). Ninguém melhor do que uma criança para nos ensinar como de fato é a humildade. Exemplo maior, somente o de Jesus.
5) Para que nossas crianças, de fato, desenvolvam sua inteligência e assim possam responder e agir de forma sábia diante de toda e qualquer situação. “E todos os que o ouviam se admiravam da sua inteligência e das suas respostas.” (Lc 2.47). O que temos passado de experiência e de maturidade para as crianças que se encontram aos “nossos pés”?
6) Como igreja do Senhor temos o papel abençoador na vida de nossas crianças. Jesus nos abriu o caminho nesse sentido, dando o exemplo: “E, tomando-as nos seus braços, as abençoou, pondo as mãos sobre elas.” (Mc 10.16).
7) Por natureza as crianças são muito curiosas. Devemos estar atentos a isso e explorar de forma saudável essa característica através da exposição das Sagradas Escrituras: “Quando teu filho te perguntar no futuro, dizendo: Que significam os testemunhos, estatutos e preceitos que o Senhor nosso Deus vos ordenou?” (Dt 6.20). “E as ensinarás a teus filhos, e delas falarás sentado em tua casa e andando pelo caminho, ao deitar-te e ao levantar-te.” (Dt 6.7). “Para que temas ao Senhor teu Deus, e guardes todos os seus estatutos e mandamentos, que eu te ordeno, tu, e teu filho, e o filho de teu filho, todos os dias da tua vida, e para que se prolonguem os teus dias.” (Dt 6.2).
8) Ver a criança no caminho da obediência traz alegria ao nosso coração: “Filho meu, se o teu coração for sábio, alegrar-se-á o meu coração, sim, o meu próprio; e exultará o meu coração, quando os teus lábios falarem coisas retas.” (Pv 23.15,16). Podemos agora entender por que muitos adultos vivem tristes e frustrados na atualidade?
9) Para sanar a dúvida que muitos de nós, adultos, temos a respeito de o que passar às crianças. “Que te direi, filho meu? E que te direi, ó filho do meu ventre? E que te direi, ó filho dos meus votos?” (Pv 31.2). Vivemos a era das informações, das ideologias e das várias “verdades”. Apesar de tudo isso, o melhor ensinamento que temos a passar para nossas crianças continua sendo o ensinamento a respeito do Senhor.
10) Nossa geração tem um enorme compromisso com as futuras gerações, o de fazer com que ninguém fique sem conhecer a respeito de Deus, de Sua Pessoa e de Suas obras: “Cantaremos às gerações vindouras os louvores do Senhor, assim como a sua força e as maravilhas que tem feito... ordenou a nossos pais que as ensinassem a seus filhos; para que soubesse a geração vindoura, os filhos que houvesse de nascer, os quais se levantassem e as contassem a seus filhos, a fim de que pusessem em Deus a sua esperança, e não se esquecessem das obras de Deus, mas guardassem os seus mandamentos...” (Sl 78.4-7). “Escreva-se isto para a geração futura, para que um povo que está por vir louve ao Senhor” (Sl 102.18). “Os filhos dos teus servos habitarão seguros, e a sua descendência ficará firmada diante de ti” (Sl 102.28).
11) Apesar do momento atual de desordens e da falta de limites, é nosso dever cooperar na formação de uma geração disciplinada e que prime pela ordem e decência. O ponto de partida para tal é o ensino da Palavra do Senhor. E os instrumentos somos nós: “Criai-os na disciplina e admoestação do Senhor.” (Ef 6.4). Não vamos fugir dessa responsabilidade, ainda que os desafios sejam enormes para o seu cumprimento. Como diria um dos nossos missionários, ainda que estejamos na “contra-mão do sistema”.
12) O Senhor mostra, e também as experiências, que é preciso sempre semear a Palavra no coração das crianças: “Instrui o menino no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele.” (Pv 22.6). A germinação, os resultados e o crescimento ficam por conta do Senhor. Independentemente do futuro, façamos hoje a nossa parte. A certeza que fica é que sempre nos surpreenderemos com o agir do Senhor, com os resultados futuros e com os frutos do nosso trabalho com as crianças no presente.

Sabedores de todas essas verdades, não há como deixarmos de dar o nosso melhor pela educação cristã de nossas crianças. Só assim faremos diferença na vida dos pequenos.

Pr. Kleber Gomes

QUANDO OS PROBLEMAS PARECEM NÃO TER FIM


Pelo que se vê a vida está bem mais complicada para o homem moderno. A violência aumentou, as doenças têm se disseminado, muita gente doente física e emocionalmente, vários tipos de crises familiares, problemas com dinheiro. Parece que os apertos na vida e da vida fazem ser a moda da vez, no meio evangélico, o pedir, o bater, o buscar. O “reinvindicar” é pregado como uma resposta a dar às grandes lutas existenciais. Outras formas de expressão, vistos hoje em grande intensidade, são o chorar, o lamentar, o reclamar, o murmurar, o pecar, o irar-se.
Parece que o dia em que as lágrimas deverão ser enxugadas de uma vez por todas está longe de acontecer. Ou pior, para muitos, parece que esse dia nunca irá chegar. O vale da sombra da morte, o deserto, o gigante que não cai e que continua desafiando, o laço do passarinheiro. A morte sendo ainda uma realidade, o último inimigo a ser destruído por completo. E, por esse fato ainda não consumado, continua ela sendo o motivo de muita gente chorar, de tantos planos interrompidos, de sonhos não realizados. É tanta impaciência. É tanta confusão emocional. Realmente não são todas as situações pelas quais se passa facilmente. A lista seria extensa se todas as situações difíceis da vida fossem enumeradas uma por uma.
Apesar de tudo o quem tem ocorrido, e isso como consequência da limitação natural do ser humano e por conta da realidade destrutiva do pecado, existem grandes motivos para agradecer, confiar, ter esperança. É possível ainda orar dizendo que seja feita a vontade do Senhor (Mt 6.10; 26.42). Isso porque há uma esperança viva no coração de todo aquele que segue confiando irrestritamente no Pai Todo Poderoso que é Deus (1Pe 1.3). Este é o segredo para que você siga com seus horizontes sendo ampliados.
É preciso deixar a amargura, umas das consequências das duras derrotas por vezes sofridas. Deixar a amargura não é simplesmente ver o lado bom da vida. Bom mesmo é ter a vida na presença do Senhor, o que faz com que se compreenda sabiamente que a vida é feita de momentos bons e ruins. Altos e baixos acontecem. Afinal assim é a vida. Sabedoria para se viver se adquire no temor ao Senhor (Pv 9.10)
Agradeça ao Senhor por sua vida, por sua família, por sua saúde, por seus bens materiais. Mesmo que, nestas duas últimas áreas, você se encontre em dificuldades ou em grandes limitações. O cuidado de Deus em relação ao Seu povo é diferente. Supera expectativas. Surpreende. Agradeça pelo cuidado, pela proteção, pela orientação que vem do alto. Não importam as perdas do passado ou do presente. Os ganhos, na presença e na comunhão com o Pai serão, em termos de fé, infinitamente maiores e bem mais consideráveis. Mesmo que, perante os homens e segundo a sua lógica particular, querido leitor, as vitórias sejam de pouco ou de nenhum valor. Para você uma vitória tão pequena parece não ser motivo de agradecimento. Lembre-se da dracma e da ovelhinha, antes perdidas. Após serem encontradas imagine a alegria e a festa de quem tanto as procurou. Talvez hoje você nem desse valor a reconquista das mesmas, se porventura tivesse perdido-as e depois as reencontrasse. É assim mesmo. Infelizmente, há muito tempo, a nobre virtude da gratidão deixou de ser uma marca constante na vida do homem.
É preciso amar a Deus, para entender que tudo que vem à tona, tudo que passa a ser realidade, de fato coopera para o nosso bem. É na comunhão com o Senhor que se experimenta a seguinte verdade: a vontade do Senhor é boa, perfeita e agradável (Rm 12.2). Mesmo que ela permita perdas, mudanças inesperadas, despedidas, lágrimas. A melhor resposta para o espinho na carne é a graça do Senhor Jesus. Não importa se a vontade soberana de Deus seja a retirada ou a continuidade desse incômodo espinho. A graça do Senhor Jesus basta ao servo de Deus (2Co 12.9).
Sinta-se amado pelo maior poder do Universo. O amor de Cristo é além de todo entendimento, da razão, de qualquer lógica (Ef 3.19). Muitos já tentaram racionalizar o que o amor divino faz pelo ser humano. Ninguém conseguirá tal feito. Entende-se o amor do Pai por Seus filhos na experiência pessoal, na comunhão dos santos, por meio da vivência e pregação dos valores espirituais. Pode-se explicar a semente originária do fruto do Espírito, seu cultivo e a sua expressão. Mas a abrangência, o alcance, isso já foge à compreensão humana. Assim é o amor divino. Compare as coisas espirituais com as coisas espirituais (1Co 2.13)
Deus fala a quem O busca por meio da Sua Palavra. Por meio dela vêm à lembrança o mar e o rio que se abriram, as muralhas que ruíram, a terra prometida que foi alcançada, a caminhada no deserto que teve um fim, o gigante que para sempre caiu, as cinco mil pessoas que foram alimentadas a partir da multiplicação de pequeninos dois peixes e cinco pãezinhos. Deus lembra a você, servo dEle, que após todo aquela multidão ter sido alimentada, doze cestos cheios de lanche mostram a fartura que é o resultado da confiança e dependência do Senhor. Mesmo que o pouco seja de fato pouco. Apenas algumas das infindáveis intervenções e demonstrações de que Deus atende, auxilia e sempre vai além das expectativas humanas.
Para todos os envolvidos nos eventos vitoriosos do passado bíblico, a confiança sempre foi o elemento chave. A confiança que aumenta quando na obediência e na comunhão com o Senhor. A confiança que aumenta na oração que faz os pedidos por fé aumentada, por orar corretamente, pelo cumprimento da vontade divina, por ajuda na incredulidade. A confiança aumenta quando você ora entendendo que tudo é possível ao que crê, declarando a sua dependência de filho em relação ao Pai. A confiança aumenta quando a oração coloca o servo no lugar de servo e reconhece quem de fato é o Senhor (Sl 24.1).
Leia a Bíblia. Entenda o propósito de Deus para cada detalhe de sua vida. Receba o norte e a orientação do Senhor, em quaisquer situações pelas quais esteja passando. Ore. Todos os dias, simultaneamente, fazem parte da mesma realidade as bênçãos e os desafios. Com relação às vitórias o correto é agradecer. Com relação aos problemas o procedimento é transformá-los todos em motivos de oração. Melhore na saudável disciplina da oração.
Pela meditação nas Sagradas Escrituras distingue-se o possível e o impossível. No campo do que é possível, deve entrar em atividade o elemento humano com a ajuda e na dependência do Senhor. Havendo o impossível, o “Deus do Impossível” (Lc 1.37) age, realizando a Sua vontade, sendo honrado e glorificado. Ele vai além daquilo que se pede ou que se é pensado, planejado, no íntimo, no recôndito da alma (Ef 3.20). E Ele sempre realiza sua obra com abundância. O requisito para se notar: olhos da fé abertos pelo Senhor (2Re 6.17). Realidades espirituais só são percebidas e notadas com os olhos da fé. Isso sim de fato é a vida. Vida com abundância, vida completa, vida que vale a pena ser vivida (Jo 10.10). Essa promessa é verdadeira. O viver é Cristo. Seu coração está turbado, apertado? O começo de uma grande mudança, significativa e para melhor, é crer em Deus e também crer em Cristo (Jo 14.1). Para os incrédulos parece loucura (1Co 2.14). Para muitos é preciso ver para crer. Você é chamado para viver por fé e não por vista (2Co 4.18; 5.7). Viva por meio do que você crê. Lembre-se: você crê em Jesus. Nesse fato reside toda a diferença. Seja espiritual para discernir bem tudo (1Co 2.15)
Para o servo de Deus o viver é Cristo e o morrer é ganho, é lucro (Fp 1.21). Isso se chama confiança em Deus. Mesmo que sejam claros os sinais da limitação humana. Mesmo que se aproxime ou chegue o fim da existência terrena. Ainda que tudo isso aconteça, siga declarando: “Todavia eu me alegrarei no Senhor: exultarei no Deus da minha salvação. Jeová, o Senhor é minha força, e fará os meus pés como os das cervas, e me fará andar sobre as minhas alturas” (Hc 3.18,19).

Pr. Kleber Gomes

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Educação dos filhos: um constante aprendizado


O tema é amplo, pois nos abre um enorme horizonte de ideias, debates e demais considerações. Assim nesta oportunidade me aterei a apenas cinco detalhes, diga-se de passagem, muito importantes, quando o assunto é a preocupação que todos nós temos com a educação dos nossos filhos.

1. Pais, vamos nos munir de bons materiais na educação dos nossos filhos
É o dia-a-dia que vai nos ensinando que ainda não sabemos de tudo. Temos muito que aprender. E mais, temos muito com o que aprender. São os bons livros, os bons vídeos e as boas programações na TV que acabam por nos aprimorar com suas ricas experiências trazidas para um consistente aprendizado.
Sabedores dessa possibilidade, atitude sábia é buscarmos esses recursos para um melhor aprendizado em como conduzir a nossa família. É a gama de recursos à nossa disposição que contribui em muito nos auxiliando na criação dos nossos filhos.
É muito importante separarmos em nosso orçamento um valor especial para sempre adquirirmos alguns desses materiais. Nesse sentido não gastamos, investimos sim em nossa família. Sem dizer que existem hoje muitos recursos gratuitos sobre o tema à nossa inteira disposição. Cursos, palestras, seminários que têm sido promovidos pelas igrejas, nos quais somente o tempo é exigido. Nesse caso muitas famílias e pais acabam não se envolvendo, pois muitos destes não querem investir tempo para tal. E quanta diferença faz quando investimos tempo em favor de benefícios e melhorias para a nossa família. Não perdemos com isso. Somente ganhamos. Deixamos de permanecer neutros com relação aos resultados.

2. Pais, vamos buscar ajuda externa
É uma atitude muito nobre quando os pais se rendem aos conselhos de gente mais experiente, que pode ajudar em muito nos primeiros cuidados a serem ministrados aos filhos.
Aqui precisamos evitar os extremos. O primeiro, de somente buscar o auxílio de fora na condução do lar. Nesse caso, não há esforço, não há dedicação, nenhum preço é pago pelo bem dos filhos. A educação dos filhos é transferida para o pastor, para o professor, para a babá, para os avós. O acompanhamento e a orientação somente são feitos por um psicólogo ou profissional da área. Enfim, papéis são invertidos e transferidos e muitos pais acabam por acompanhar de muito longe a formação integral de seus filhos. Precisamos fugir desse extremo.
Um outro extremo é o de somente confiarmos em nossas forças como pais. Passamos a não dar, de maneira alguma, margem à busca de um aconselhamento externo. Nesses casos é comum se ouvir: “A família é minha...”, “Eu é que sou o pai...”, “Aqui ninguém mete o dedo...”.
Penso que também por meio do equilíbrio entre fazermos a parte que a nós cabe como pais e a busca de auxílio externo conseguiremos resultados concretos na condução dos nossos filhos.

3. Pais, vamos aplicar a disciplinaAplicar a disciplina somente por aplicar, em cumprimento a uma tradição de família ou somente pelo fato de uma mal-criação do filho é um ato que pode produzir resultados desastrosos. É necessário aplicamos a disciplina e ao mesmo tempo ensinar os motivos dessa disciplina.
Pais que disciplinam os seus filhos seguem à risca o que o Senhor orienta por meio de Sua Palavra. A disciplina dentro de um lar é a segurança de que os limites sempre serão lembrados, considerados e por fim respeitados. Na maior parte das vezes, o que temos visto é a ausência da disciplina, da correção e das cobranças e não exatamente a falta de limites.
A correção e a disciplina devem acontecer na hora certa. É preciso fazermos uso desses expedientes baseado na razão. Se nesse ponto formos dominados pela emoção duas coisas podem ocorrer: os espancamentos criminosos à semelhança do que temos visto nos últimos dias através da mídia ou a negligência na aplicação da correta disciplina. Aqui destaco que a vara ainda tem o seu lugar em lares cristãos. Claro que de uma forma sábia e segundo a orientação do Senhor.
Não podemos perder de vista que somos seres racionais aplicando uma disciplina racional em seres racionais. Ignorar na prática esta verdade traz como resultados açoites e espancamentos, ambos criminosos.

4. Pais, façamos de nossos lares os melhores ambientes para se viver
É um dever pétreo proporcionarmos aos nossos filhos um lar equilibrado. Nesse lar paz, amor e unidade estão sempre presentes. As agressões físicas e verbais não existem. O perdão é praticado. Um ambiente assim constitui-se em um seguro formador de pessoas firmes e preparadas para a vida.
Fala-se muito em pessoas que foram violentadas pela vida. Penso que antes desse tipo de violência, e bem pior que isso, muitos, sim, foram machucados pela própria família nos primeiros anos de vida. É dessa forma que traumas, por vezes irreversíveis, surgiram devido a falta de subsídios básicos na formação do caráter e da personalidade de muitas pessoas.
Um lar onde o ambiente seja saudável contribui de uma forma quase completa para uma criação equilibrada e consistente de nossas crianças. Lutemos, pois, por lares nos quais todos os membros sejam respeitados e valorizados, nos quais também o diálogo seja sempre franco e aberto.

5. Pais, pratiquemos a educação cristã dentro de nossos lares Temos visto inúmeras famílias ensinando de tudo a seus filhos, com exceção das sagradas letras. Se todos soubessem dos enormes prejuízos que advêm da negligência do ensino bíblico, não iríamos mais ter notícias de lares onde o nome do Senhor ainda não é invocado. É no lar onde as crianças mais aprenderão sobre os princípios espirituais. Conceitos básicos como a salvação em Jesus, a oração e a autoridade da Palavra de Deus, uma vez aprendidos na primeira infância, aumentam as chances de adultos que jamais se desviarão do verdadeiro caminho em que se deve andar.
Jesus, Samuel e Timóteo são exemplos tirados da Bíblia de adultos formados e preparados para a vida a partir dos ricos ensinamentos que lhes foram passados em sua primeira infância. Por mais que estejamos hoje inseridos na era das informações no meio secular, nada tira o valor que é o de informarmos aos nossos filhos a respeito dos valores eternos contidos na Palavra do Senhor.


Uma palavra final
Falo como “pai de primeira viagem”, à semelhança do marinheiro em sua primeira navegação, o qual inevitavelmente enfrentará os enjôos, certos medos, pressões, erros e possíveis correções de rota. A responsabilidade aumenta quando tenho visto por todos os cantos a falência de várias instituições necessárias e válidas para o bom andamento da sociedade. No entanto, creio que, com respeito a família, esta jamais sofrerá o seu desfecho, apesar de todos os ataques contra ela hoje ocorridos.
Na prática realmente os dias são maus. Temos como famílias enfrentado ataques de todos os lados. O que é errado, na maior parte das vezes, é o que tem recebido louvor. Parece que na luta pelo bem dos nossos filhos e de nossas famílias o caso é perdido. Mas com a ajuda do Senhor podemos experimentar grandes vitórias nesse aspecto. E quanto mais formos bem assessorados por pessoas experientes no assunto e por materiais de qualidade, maiores recursos, maturidade e resultados obteremos pelo bem-estar de nossas famílias.
O tamanho de nossa visão com relação ao futuro de nossos filhos tem a ver com o correto investimento que neles fizermos no presente. E isso não importando o preço do investimento que tenhamos de realizar nesse sentido. Que o Senhor nos abençoe sempre no cumprimento desse importante papel que todos nós temos como pais.

Pr. Kleber Gomes

O peso de uma campanha missionária



Por onde andamos em nosso Brasil batista, sempre ouvimos algo a respeito de missões. Esse sem dúvida é o grande tema que corre em nossa veia denominacional. De norte a sul, de leste a oeste, missões faz parte do nosso DNA batista.
Tradicionalmente as campanhas missionárias se constituem nos momentos do ano em que, com maior ênfase, voltamos os olhares para a humanidade que ainda clama pela salvação em Cristo Jesus. É o tempo em que os batistas brasileiros se imbuem de ações práticas e criativas, no intuito de que um maior número de pessoas possível ouça do verdadeiro Evangelho.
As campanhas missionárias chegam em nosso meio como um verdadeiro agente motivador em direção ao mundo perdido que ainda tem se dobrado diante de qualquer altar. Assim, aproveitando o espaço, quero levá-lo a pensar sobre algumas verdades, tendo em mente o impacto que sempre nos traz uma campanha missionária.

O envio de nossas ofertas aos campos missionários Falar em ofertas não é pensar em enriquecer pessoas ou líderes religiosos, mas sim pensar em levarmos a verdadeira riqueza ao mundo tão carente do verdadeiro Evangelho. Muitos não falam mais em ofertas, tímidos que estão frente às muitas notícias negativas de pseudo-igrejas que se levantam por esse país enganando e explorando gente simples do nosso povo. Somos o povo batista que ama missões, que ama ofertar nas campanhas missionárias e que faz missões com muita dedicação e responsabilidade. Temos que levantar bem alto essa bandeira, tanto em nosso meio, como também na sociedade onde estamos inseridos. Sem nenhum medo ou desconfiança, juntamente com nossas famílias e igrejas, é necessário ofertarmos com muito amor e dedicação para que o mundo inteiro continue sendo evangelizado. Isso tudo tem como ponto de partida as campanhas missionárias.

O momento de dobrarmos os joelhos pelos missionários e por seus projetos de evangelização
Neste exato momento milhares de missionários estão nos mais variados campos missionários por todo o mundo. As suas necessidades são as mais variadas. São essas demandas que devem ser apresentadas ao Senhor, toda vez que estivermos em nossos momentos de oração. Cada um dos missionários e também os seus projetos devem ser apresentados em intercessão contínua. Há muitos efeitos na oração da igreja que, consciente do seu chamado, clama pelo avanço do Evangelho em cada parte do planeta. Adote uma família missionária e diariamente apresente-a diante do Senhor em seus momentos de oração. É assim que avançaremos muito mais nos resultados nos quais muito mais pessoas, de fato, conheçam Jesus como o único e verdadeiro Salvador.

O momento de dizermos sim ao chamado para o campo missionário Muitos de nossos missionários hoje nos campos surgiram em campanhas missionárias do passado. Nesse aspecto, creio também muito no poder impactante de cada campanha missionária que empreendemos, pois não só ofertas são levantadas e enviadas nesse período, como também muitos irmãos se colocam “na brecha” respondendo afirmativamente à convocação divina que sempre é feita em direção aos campos missionários.

Que cada um de nós, batistas brasileiros, faça o melhor pela evangelização de toda a humanidade. Na próxima vez que for iniciada uma nova campanha missionária, trabalhemos com muito afinco para que haja êxito no levantamento de ofertas, no despertamento para a intercessão missionária e no surgimento de novos vocacionados para os campos já brancos para a ceifa. Esse é o impacto positivo que toda campanha missionária sempre provocará em cada um de nós.

Pr. Kleber Gomes

Novo ano, novos e velhos planos




Chego até você nesse momento desejando-lhe toda sorte de bênçãos no novo ano que acaba de começar.
2011 chegou e com ele muitos planos, promessas e o desejo de que nele sejamos, no mínimo, um “pouquinho” mais felizes do que fomos no ano que se findou.
Pensar em uma virada de ano é compreendermos que muita coisa ficou para trás. São assuntos e dificuldades que, de fato, passaram e dos quais não vale a pena mais nos lembrarmos. Usando aqui da redundância: “passado é passado”. Ah, se todos nós pudéssemos vencer nesse ponto...
2011 significa também entender que muita coisa ainda passa para esse ano, exigindo de todos nós garra e disposição na busca de soluções. Para algumas áreas da vida ou mesmo para certos assuntos, temos que ser realistas e encarar de frente tudo aquilo que não foi resolvido em 2010. Nesses casos, o que anima mesmo é sabermos que, pela graça de Deus, soluções são possíveis. Podemos por elas esperar. Podemos por elas lutar. Por que então ainda escondermos muita coisa debaixo do tapete? Tudo podemos em Cristo que nos fortalece.
O começo do ano nos remete a mais uma realidade. Os primeiros passos em janeiro vão nos descortinando que muita coisa ainda vai acontecer nesse 2011. Afinal o amanhã não nos pertence. O futuro só mesmo o Senhor é quem conhece. Fatos que ainda não conhecemos, com certeza, virão. E nesse sentido, ao continuarmos na presença do Senhor, não há o que temer. Ele sempre fará aquilo que está além do que pedirmos ou pensarmos. A Sua vontade, boa, perfeita e agradável, é a que sempre irá prevalecer.
Para aquilo que ficou em 2010, para o que veio conosco até 2011 e para tudo aquilo que ainda não conhecemos, “que diremos pois a estas coisas”? Não há porque andarmos ansiosos. Se o Senhor é por nós, quem ou o que será contra nós? Esta é a esperança e a capacitação de que tanto necessitamos para mais um novo capítulo em nossa linda e, ao mesmo tempo, complexa história de vida.
Um excelente início de ano novo para todas as famílias da grande família de Deus.

Grande abraço,
Pr. Kleber