sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Educação dos filhos: um constante aprendizado


O tema é amplo, pois nos abre um enorme horizonte de ideias, debates e demais considerações. Assim nesta oportunidade me aterei a apenas cinco detalhes, diga-se de passagem, muito importantes, quando o assunto é a preocupação que todos nós temos com a educação dos nossos filhos.

1. Pais, vamos nos munir de bons materiais na educação dos nossos filhos
É o dia-a-dia que vai nos ensinando que ainda não sabemos de tudo. Temos muito que aprender. E mais, temos muito com o que aprender. São os bons livros, os bons vídeos e as boas programações na TV que acabam por nos aprimorar com suas ricas experiências trazidas para um consistente aprendizado.
Sabedores dessa possibilidade, atitude sábia é buscarmos esses recursos para um melhor aprendizado em como conduzir a nossa família. É a gama de recursos à nossa disposição que contribui em muito nos auxiliando na criação dos nossos filhos.
É muito importante separarmos em nosso orçamento um valor especial para sempre adquirirmos alguns desses materiais. Nesse sentido não gastamos, investimos sim em nossa família. Sem dizer que existem hoje muitos recursos gratuitos sobre o tema à nossa inteira disposição. Cursos, palestras, seminários que têm sido promovidos pelas igrejas, nos quais somente o tempo é exigido. Nesse caso muitas famílias e pais acabam não se envolvendo, pois muitos destes não querem investir tempo para tal. E quanta diferença faz quando investimos tempo em favor de benefícios e melhorias para a nossa família. Não perdemos com isso. Somente ganhamos. Deixamos de permanecer neutros com relação aos resultados.

2. Pais, vamos buscar ajuda externa
É uma atitude muito nobre quando os pais se rendem aos conselhos de gente mais experiente, que pode ajudar em muito nos primeiros cuidados a serem ministrados aos filhos.
Aqui precisamos evitar os extremos. O primeiro, de somente buscar o auxílio de fora na condução do lar. Nesse caso, não há esforço, não há dedicação, nenhum preço é pago pelo bem dos filhos. A educação dos filhos é transferida para o pastor, para o professor, para a babá, para os avós. O acompanhamento e a orientação somente são feitos por um psicólogo ou profissional da área. Enfim, papéis são invertidos e transferidos e muitos pais acabam por acompanhar de muito longe a formação integral de seus filhos. Precisamos fugir desse extremo.
Um outro extremo é o de somente confiarmos em nossas forças como pais. Passamos a não dar, de maneira alguma, margem à busca de um aconselhamento externo. Nesses casos é comum se ouvir: “A família é minha...”, “Eu é que sou o pai...”, “Aqui ninguém mete o dedo...”.
Penso que também por meio do equilíbrio entre fazermos a parte que a nós cabe como pais e a busca de auxílio externo conseguiremos resultados concretos na condução dos nossos filhos.

3. Pais, vamos aplicar a disciplinaAplicar a disciplina somente por aplicar, em cumprimento a uma tradição de família ou somente pelo fato de uma mal-criação do filho é um ato que pode produzir resultados desastrosos. É necessário aplicamos a disciplina e ao mesmo tempo ensinar os motivos dessa disciplina.
Pais que disciplinam os seus filhos seguem à risca o que o Senhor orienta por meio de Sua Palavra. A disciplina dentro de um lar é a segurança de que os limites sempre serão lembrados, considerados e por fim respeitados. Na maior parte das vezes, o que temos visto é a ausência da disciplina, da correção e das cobranças e não exatamente a falta de limites.
A correção e a disciplina devem acontecer na hora certa. É preciso fazermos uso desses expedientes baseado na razão. Se nesse ponto formos dominados pela emoção duas coisas podem ocorrer: os espancamentos criminosos à semelhança do que temos visto nos últimos dias através da mídia ou a negligência na aplicação da correta disciplina. Aqui destaco que a vara ainda tem o seu lugar em lares cristãos. Claro que de uma forma sábia e segundo a orientação do Senhor.
Não podemos perder de vista que somos seres racionais aplicando uma disciplina racional em seres racionais. Ignorar na prática esta verdade traz como resultados açoites e espancamentos, ambos criminosos.

4. Pais, façamos de nossos lares os melhores ambientes para se viver
É um dever pétreo proporcionarmos aos nossos filhos um lar equilibrado. Nesse lar paz, amor e unidade estão sempre presentes. As agressões físicas e verbais não existem. O perdão é praticado. Um ambiente assim constitui-se em um seguro formador de pessoas firmes e preparadas para a vida.
Fala-se muito em pessoas que foram violentadas pela vida. Penso que antes desse tipo de violência, e bem pior que isso, muitos, sim, foram machucados pela própria família nos primeiros anos de vida. É dessa forma que traumas, por vezes irreversíveis, surgiram devido a falta de subsídios básicos na formação do caráter e da personalidade de muitas pessoas.
Um lar onde o ambiente seja saudável contribui de uma forma quase completa para uma criação equilibrada e consistente de nossas crianças. Lutemos, pois, por lares nos quais todos os membros sejam respeitados e valorizados, nos quais também o diálogo seja sempre franco e aberto.

5. Pais, pratiquemos a educação cristã dentro de nossos lares Temos visto inúmeras famílias ensinando de tudo a seus filhos, com exceção das sagradas letras. Se todos soubessem dos enormes prejuízos que advêm da negligência do ensino bíblico, não iríamos mais ter notícias de lares onde o nome do Senhor ainda não é invocado. É no lar onde as crianças mais aprenderão sobre os princípios espirituais. Conceitos básicos como a salvação em Jesus, a oração e a autoridade da Palavra de Deus, uma vez aprendidos na primeira infância, aumentam as chances de adultos que jamais se desviarão do verdadeiro caminho em que se deve andar.
Jesus, Samuel e Timóteo são exemplos tirados da Bíblia de adultos formados e preparados para a vida a partir dos ricos ensinamentos que lhes foram passados em sua primeira infância. Por mais que estejamos hoje inseridos na era das informações no meio secular, nada tira o valor que é o de informarmos aos nossos filhos a respeito dos valores eternos contidos na Palavra do Senhor.


Uma palavra final
Falo como “pai de primeira viagem”, à semelhança do marinheiro em sua primeira navegação, o qual inevitavelmente enfrentará os enjôos, certos medos, pressões, erros e possíveis correções de rota. A responsabilidade aumenta quando tenho visto por todos os cantos a falência de várias instituições necessárias e válidas para o bom andamento da sociedade. No entanto, creio que, com respeito a família, esta jamais sofrerá o seu desfecho, apesar de todos os ataques contra ela hoje ocorridos.
Na prática realmente os dias são maus. Temos como famílias enfrentado ataques de todos os lados. O que é errado, na maior parte das vezes, é o que tem recebido louvor. Parece que na luta pelo bem dos nossos filhos e de nossas famílias o caso é perdido. Mas com a ajuda do Senhor podemos experimentar grandes vitórias nesse aspecto. E quanto mais formos bem assessorados por pessoas experientes no assunto e por materiais de qualidade, maiores recursos, maturidade e resultados obteremos pelo bem-estar de nossas famílias.
O tamanho de nossa visão com relação ao futuro de nossos filhos tem a ver com o correto investimento que neles fizermos no presente. E isso não importando o preço do investimento que tenhamos de realizar nesse sentido. Que o Senhor nos abençoe sempre no cumprimento desse importante papel que todos nós temos como pais.

Pr. Kleber Gomes

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